segunda-feira, junho 8

Entenda a 1ª Guerra Mundial em 20 fotos da época


28/07/2014 06h43 - Atualizado em 28/07/2014 16h01

Entenda a 1ª Guerra Mundial em 20 fotos da época

Assassinato de arquiduque serviu de estopim para o confronto bélico.
Primeiro conflito de proporção global deixou 10 milhões de mortos.

Do G1, em São Paulo
Nesta segunda-feira (28), completam-se cem anos do início da 1ª Guerra Mundial (1914-1918). O conflito foi o primeiro a envolver países dos cinco continentes e deixou cerca de 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos, além de resultar na queda de quatro impérios (Russo, Austro-Húngaro, Alemão e Otomano).
Veja abaixo 20 imagens que resumem o que foi a guerra:
Paz Armada
Nos anos que antecederam a 1ª Guerra Mundial, a Europa vivia um clima de rivalidade entre as grandes potências, que disputavam colônias na África e na Ásia, além de territórios dentro do próprio continente.
Em um período chamado de "paz armada" (1871-1914), esses países protagonizaram uma corrida armamentista que aumentava a tensão nas relações internacionais. O continente era um barril de pólvora e bastava uma faísca para que explodisse. O estopim foi um crime político.
Primeira Guerra Mundial: Trabalhadores em uma fábrica de bombas na Inglaterra (Foto: Flickr/IWM Collections)Trabalhadores em uma fábrica de bombas na Inglaterra (Foto: Flickr/IWM Collections)
O estopim
O fato que culminou na 1ª Guerra Mundial foi o assassinato
do arquiduque Francisco Ferdinando, príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro, e de sua mulher, Sofia. Eles foram vítimas de um atentado durante visita a Sarajevo – ato com importante conteúdo político, pois buscava demonstrar o domínio austríaco sobre a região.
O crime aconteceu em 28 de junho de 1914. O autor dos disparos foi Gavrilo Princip, estudante sérvio-bósnio ligado a uma organização nacionalista. Um mês depois, em 28 de julho, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia, dando início ao confronto.
Francisco Ferdinando e sua mulher, Sofia, deixam a Prefeitura de Sarajevo, em 28 de junho de 1914 (Foto: Reuters/JU Muzej Sarajevo)Francisco Ferdinando e sua mulher, Sofia, deixam a Prefeitura de Sarajevo, em 28 de junho de 1914 (Foto: Reuters/JU Muzej Sarajevo)
Foto não datada mostra o arquiduque Francisco Ferdinando, em primeiro plano, e sua mulher, Sofia, ao fundo, mortos após o atentado a tiros que tirou a vida do casal em Sarajevo (Foto: AP/Arquivo Histórico de Sarajevo)Foto não datada do velório do arquiduque Francisco Ferdinando e de sua mulher, Sofia, mortos em um atentado a tiros em Sarajevo (Foto: AP/Arquivo Histórico de Sarajevo)
O terrorista sérvio Gavrilo Princip, à direita, é preso momentos após matar a tiros Francisco Ferdinando, em Sarajevo (Foto: AP)Prisão de Gavrilo Princip, à direita sem chapéu, momentos após matar o arquiduque (Foto: AP)
Efeito cascata
Diante da declaração de guerra dos austríacos, os russos se mobilizam para ajudar os sérvios, seus "irmãos" eslavos dos Bálcãs. No dia 3 de agosto de 1914, a Alemanha, aliada dos austríacos, declara guerra à França. O exército alemão avança rumo à França.
Por causa da política de alianças, em pouco tempo praticamente toda a Europa está envolvida no conflito. De um lado estavam os países da Tríplice Aliança (Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro) e, do outro, a Tríplice Entente (Reino Unido, França e Rússia).
Em maio de 1915, a Itália, que pertencia à Tríplice Aliança (mas até então estava neutra), declara guerra ao Império Austro-Húngaro e muda de lado, indo a combate do lado da Entente, em troca da promessa de receber territórios.
Apesar de ser um conflito essencialmente europeu, a guerra envolveu os Estados Unidos e o Japão, e as colônias das potências da Europa também foram campos de batalha.
Em outubro de 1917, o Brasil declarou guerra à Alemanha pela mesma razão dos Estados Unidos: meses antes, navios mercantes brasileiros haviam sido afundados por submarinos alemães. Sua participação, porém, foi pequena e teve poucos reflexos na guerra.
Primeira Guerra: Celebração em Berlim da declaração de guerra (Foto: Flickr/The Library of Congress)População celebra em Berlim declaração de guerra (Foto: Flickr/The Library of Congress)
Fronteiras e trincheiras
A primeira fase da guerra foi marcada pela Batalha de Fronteiras. O exército alemão tentava chegar a Paris pelos limites da França com a Alemanha e a Bélgica – até então um país neutro.
Após vencer a resistência das forças belgas, os alemães conseguiram entrar em território francês pela fronteira do país. Em apenas um dia, 22 de agosto de 1914, 27.000 soldados franceses foram mortos, na mais importante perda para as tropas do país. Uma das principais caraterísticas dos confrontos foi o uso de trincheiras – frentes estáticas escondidas em valas cavadas no chão, protegidas por arame farpado.
Primeira Guerra Mundial: soldados alemães defendem trincheira na fronteira com a Bélgica (Foto: U.S National Archives)Soldados alemães defendem trincheira na fronteira com a Bélgica (Foto: U.S National Archives)
Primera Guerra Mundial: Soldados franceses recolhem corpo em cidade da Bélgica (Foto: Flickr/The Library of Congress)Soldados franceses recolhem ferido em cidade da Bélgica, em 1914 (Foto: Flickr/The Library of Congress)
Soldados fezem reparo em trincheira após ataque a bomba. (Foto: Flickr/U.S National Archives)Soldados fazem reparo em trincheira após ataque a bomba (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Imagem aérea feita de um avião britânico mostra trincheiras cavadas no Fronte Ocidental, em junho de 1917 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)Imagem aérea feita de um avião britânico mostra trincheiras cavadas na Frente Ocidental, em junho de 1917 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Batalhas devastadoras

Foi em território francês que se travaram as principais batalhas da guerra. As mais devastadoras foram as de Verdun e Somme. A primeira durou de fevereiro a dezembro de 1916. O exército francês empenhou todos seus esforços para conter as investidas alemãs no nordeste do país. A batalha terminou com mais de 700.000 baixas.
A segunda começou em julho de 1916 e durou cerca de cinco meses. Os exércitos da França e da Grã-Bretanha investiram contra a linha de defesa alemã na região do Rio Somme, mas não tiveram êxito. Foi o conflito mais letal da guerra, com 1,2 milhão de vítimas – entre mortos e feridos de ambos os lados.
Tropas britânicas avançam durante a Batalha do Somme, em 1916 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)Tropas britânicas avançam durante a Batalha do Somme, em 1916 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Soldados observam disparos da artilharia durante a Batalha do Somme, em 1916 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)Soldados observam disparos da artilharia durante a Batalha do Somme, em 1916 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Batalhas do Marne
As duas batalhas ocorridas na região do Rio Marne, no leste de Paris, foram decisivas. A primeira, em setembro de 1914, foi a contraofensiva franco-britânica que conteve o avanço das tropas alemãs – que já haviam ocupado parte da Bélgica, invadido a França e se encontravam a menos de 40 km da capital francesa. O general que comandava as tropas recrutou todos os táxis de Paris para levar cerca de 4.000 homens ao fronte.
Dois anos depois, já com os Estados Unidos lutando na guerra no lado da França e da Grã-Bretanha, houve a segunda batalha do Marne, que marcou o início do recuo geral das forças alemãs. Em julho de 1918, com a ajuda dos americanos, os exércitos aliados conseguiram barrar o avanço do exército alemão, em um conflito que causou centenas de milhares de baixas em ambos os lados.
Primeira Guerra Mundial: Tropas francesas nas ruínas de uma catedral perto do Rio Marne em ataque contra os alemães (Foto: Flickr/U.S National Archives) Tropas francesas nas ruínas de uma catedral perto do Rio Marne em ataque contra os alemães (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Primeira Guerra Mundial: Munição alemã abandonada na Batalha do Marne  (Foto: Flickr/The Library of Congress)Munição das tropas alemãs abandonada na Batalha do Marne (Foto: Flickr/The Library of Congress)
EUA desequilibram
A entrada dos Estados Unidos na guerra foi determinante para o desfecho do conflito. O país decidiu declarar guerra à Alemanha, em abril de 1917, após ter navios mercantes naufragados ao serem atingidos por submarinos alemães no norte do Oceano Atlântico e também no Mediterrâneo – o que afetava profundamente seus interesses comerciais.
Foi ao lado dos americanos que os países da Entente conseguiram reagir de forma mais efetiva contra as investidas do exército alemão.
Primeira Guerra Mundial: foto de grupo de soldados americanos em material de publicidade de recrutamento (Foto: Flickr/U.S National Archives)Foto de soldados americanos em material de publicidade de recrutamento (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Artilharia pesada
A corrida armamentista que precedeu a 1ª Guerra resultou no rápido desenvolvimento da indústria bélica das grandes potências. Durante o confronto, os países usaram armas com poder destrutivo jamais visto na época.
Das baionetas, os exércitos passaram às metralhadoras, frotas de encouraçados, submarinos, tanques de guerra, lança-chamas e gases tóxicos. Os aviões, que antes serviam apenas para observação, começaram a ser usados em bombardeios.
Primeira Gurra Mundial: Exército francês faz disparo com canhão.  (Foto: U.S National Archives)Exército francês faz disparo com imenso canhão de guerra (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Primeira Guerra Mundial: capelão faz sermão do cockpit de um avião de guerra (Foto: Flickr/National Library of Scotland)Capelão faz sermão do cockpit de um avião de guerra (Foto: Flickr/National Library of Scotland)
Guerra química
Em 22 de abril de 1915, a Alemanha fez o primeiro grande ataque com uso de gás tóxico, que devastou as linhas inimigas na Bélgica. Os exércitos começaram a usar máscaras para se protegerem dos gases, entre eles o lacrimogêneo e o mostarda.
Soldados americanos posam com máscaras de gás no Laboratório de Desenvolvimento Químico na Filadélfia, nos EUA, em 1919 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)Soldados americanos posam com máscaras de gás no Laboratório de Desenvolvimento Químico na Filadélfia, nos EUA, em 1919 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Genocídio armênio
O Império Turco-Otomano, aliado dos alemães, entrou no conflito no final de 1914. Sua derrota fragmentou ainda mais o já fragilizado império, que acabou sendo dissolvido em 1923, quando foi proclamada a República da Turquia.
Foi durante a 1ª Guerra que começou o genocídio armênio pela mão dos turcos, em abril de 1915. Os homens eram levados para o fronte, onde eram mortos enquanto cavavam trincheiras. Crianças, idosos e mulheres eram tirados de suas casas para "caravanas da morte", onde sucumbiam ao frio, à fome e às doenças. Os armênios afirmam que o número de mortos chegou a 1,5 milhão.
Primeira Guerra: Ossada de armênios queimados vivos por soldados turcos em 1915. (Foto: Acervo/The Armenian Genocide Museum-Institute)Ossada de armênios queimados vivos por soldados turcos em 1915 (Foto: Acervo/The Armenian Genocide Museum-Institute)
Revolta e revolução
No contexto da 1ª Guerra começou a Revolta Árabe contra o Império Turco-Otomano, em 1916, com o apoio da Grã-Bretanha. O movimento abriria caminho para uma nação árabe independente.
Em novembro do ano seguinte, oito meses após o czar Nicolau II abdicar, começa a Revolução Russa. Em dezembro, o país assina o armistício com a Alemanha e sai da 1ª Guerra.
Revolução Russa: Soldados fazem demonstração em São Petesburgo em fevereiro de 1917 (Foto: Wikimedia Commons)Soldados fazem demonstração em São Petersburgo em fevereiro de 1917 (Foto: Wikimedia Commons)
Armistícios
Após a Entente começar a dominar as batalhas, o Império Turco-Otomano assina o armistício em outubro de 1918. Em novembro foi a vez do Império Austro-Húngaro, seguido pela Alemanha – que assinou o cessar-fogo em 11 de novembro de 1918, dois dias após o Kaiser Guilherme II abdicar e ser proclamada a República na Alemanha. Após quatro anos, a guerra terminava com 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos.
Estima-se que a 1ª Guerra mobilizou mais de 70 milhões de soldados dos cinco continentes e gerou custos da ordem de 180 bilhões de dólares. O conflito teve ainda 6 milhões de prisioneiros e 10 milhões de refugiados.
Em junho de 1919, é assinado o Tratado de Versalhes, que impôs as condições de paz – as mais duras para a Alemanha. O país perdeu todas as suas colônias, foi desarmado, teve parte de seu território ocupado militarmente e ainda precisou pagar uma pesada indenização pelos custos da guerra.
Tropas marcham em Londre após fim da Primeira Guerra, em 1918 (Foto: Flickr/National Library NZ)Tropas marcham em Londres após assinatura de armistício que deu fim à guerra, em 1918 (Foto: Flickr/National Library NZ)
*Com France Presse

quinta-feira, abril 30

Um poema para Bárbara

Posts tagged Holocausto

Estudo altera data da morte de Anne Frank em campo de concentração nazista

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Morte de Anne Frank teria ocorrido em fevereiro de 1945 e não em março, como se acreditava
Morte de Anne Frank teria ocorrido em fevereiro de 1945 e não em março, como se acreditava
Adolescente judia escreveu diário que tornou-se ícone do holocausto durante Segunda Guerra Mundial
Publicado no Divirta-se
A adolescente judia Anne Frank, que teve seu diário lido por milhões de pessoas, faleceu pelo menos um mês antes da data oficial de sua morte, segundo as conclusões de um novo estudo publicado nesta terça-feira, 31. “A investigação joga nova luz sobre os últimos dias de Anne Frank e de sua irmã Margot”, afirma um comunicado da Casa Anne Frank, divulgado na data de aniversário da morte da famosa adolescente.
“Suas mortes aconteceram em fevereiro de 1945, e não em março”, segundo a instituição. Anne e Margot Frank morreram no campo de Bergen-Belsen entre 1 e 31 de março, informou a Cruz Vermelha na ocasião. As autoridades holandesas adotaram a data de 31 de março.
A família Frank se escondeu em 1942 em um anexo secreto de um edifício da empresa de seu pai, Otto, com o objetivo de escapar dos alemães. A adolescente escreveu no local seu diário, que se tornou um dos relatos mais emblemáticos da ocupação nazista, até que a família foi detida e deportada.
Entre junho de 1942 e agosto de 1944, Anne registrou em diário o cotidiano com sua família judia; textos formaram crônica da vida em um esconderijo improvisado, onde os Frank viviam enquanto eram perseguidos pelo regime nazista
Anne e Margot morreram vítimas de tifo em Bergen-Belsen, com 15 e 19 anos respectivamente. Sua mãe, Edith, faleceu em Auschwitz e o pai, Otto Frank, o único dos oito habitantes do anexo secreto que conseguiu sobreviver ao Holocausto, morreu em 1980 com 91 anos.
O novo estudo examina o trajeto de viagem das duas irmãs, primeiro para Auschwitz-Birkenau e depois para Bergen-Belsen, enquanto os russos avançavam pela frente leste. Os pesquisadores se basearam principalmente em documentos da Cruz Vermelha e do Memorial de Bergen-Belsen, mas também em “diversos relatos de testemunhas e sobreviventes como foi possível”.
De acordo com quatro sobreviventes, Anne e Margot já sofriam de tifo no fim de janeiro. “A maioria das mortes por tifo acontece 12 dias depois do surgimento dos primeiros sintomas”, destacam os investigadores, que citam o Instituto Holandês de Saúde Pública.
Enviadas ao campo de concentração Bergen-Belsen em outubro de 1944, Anne Frank (à direita) e a irmã Margot contraíram tifo e morreram no início do ano seguinte
Enviadas ao campo de concentração Bergen-Belsen em outubro de 1944, Anne Frank (à direita) e a irmã Margot contraíram tifo e morreram no início do ano seguinte

Melhor amiga de Anne Frank foi salva por oficial nazista

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amiga anne frank
A história de como Jacque van Maarsen conseguiu se livrar dos campos de concentração alemães mesmo sendo judia – e toda a sua relação com a amiga, que viria a ser famosa posteriormente por narrar seu cativeiro em Diário de Anne Frank
Giuliander Carpes, no Terra
Durante o período de dominação alemã da Segunda Guerra Mundial, a Holanda enviou 107 mil judeus para campos de concentração. Apenas 5,2 mil sobreviveram. Considerada por Anne Frank sua melhor amiga – conforme está escrito no seu famoso Diário -, Jacqueline van Maarsen só escapou da deportação para um destino semelhante porque seu nome entrou na lista de Hans Georg Calmeyer. À frente da Direção de Administração Interior, o advogado livrou pessoas que não fossem “puramente judias” da perseguição nazista.
Jacqueline é filha de pai judeu holandês e mãe católica francesa. Aos 86 anos, ela não sabia que seu nome constava na famosa lista de Calmeyer – pelo menos 3,7 mil judeus se livraram da morte por causa da intervenção do advogado. Foi alertada para o fato por um pesquisador durante uma palestra na Casa de Anne Frank de Berlim há poucos meses. A entrevista para o Terra em sua casa no sul de Amsterdã foi a primeira que concedeu depois de confirmar a informação.
“Não se sabe ao certo se Calmeyer salvou tantos judeus apenas porque sabia que a Alemanha perderia a guerra, mas de qualquer forma ele o fez. Quando você tinha apenas o pai ou a mãe judeu, ele organizava para que você não fosse considerado judeu”, explica Jacqueline, que perdeu muitos primos e tios por causa da perseguição dos nazistas.
“Eu não acreditei no que esse pesquisador falou logo na primeira vez, mas ele me mostrou um documento onde estavam as assinaturas da minha mãe e do meu pai. Foi esse papel que permitiu que eu não precisasse mais frequentar a escola judia e pudesse não fazer mais parte da comunidade judia à época, o que foi muito difícil porque a comunidade era muito unida e eu gostava da escola. Foi muito estranho saber disso apenas agora quando eu já tenho 86 anos.”
A amizade com Anne Frank
A relação com Anne Frank surgiu antes, quando as duas foram colegas na escola de judeus criada pelos alemães para segregá-los do restante da população. “Os alemães que haviam fugido para a Holanda eram muito unidos e não se misturavam muito com a gente. Mas, no momento que a gente se conheceu, ela deixou um pouco esse grupo (Anne era alemã). Ela era bastante doce comigo”, conta Jacqueline. “Nunca conheci ninguém que gostasse mais de viver do que Anne. Nós estávamos sempre ocupadas fazendo alguma coisa divertida.”
 Jacque van Maarsen mostra as cartas entregues pelo pai, Otto Frank: melhor amiga cumpriu a sua promessa Foto: Giuliander Carpes / Colaboração para o Terra
Jacque van Maarsen mostra as cartas entregues pelo pai, Otto Frank: melhor amiga cumpriu a sua promessa
Foto: Giuliander Carpes / Colaboração para o Terra
Mas, como é normal em qualquer idade, as duas também tinham alguns desentendimentos. “Ela era bastante ciumenta, queria que eu fosse amiga só dela. Algumas vezes ela ficava brava comigo porque eu conversava com outras pessoas”, lembra.
Quando a perseguição aos judeus aumentou, as duas fizeram uma promessa: a primeira que tivesse de fugir dos nazistas (ou que fosse capturada por eles) deixaria uma carta para a outra. Em julho de 1942, a irmã de Anne, Margot, recebeu uma carta que a ordenava a se apresentar para os alemães afim de que fosse levada para um campo de trabalho forçado.
A carta foi o estopim para toda a família Frank se esconder no anexo do prédio da antiga empresa de Otto, pai das duas. Numa tentativa de despistar os nazistas, ele deixou um bilhete avisando que todos teriam fugido para a Suíça.
Impedida pela mãe de dar qualquer pista de seu paradeiro, Anne escreveu, na verdade, mais de uma carta para Jacqueline durante (mais…)

sexta-feira, abril 10

SAÚDE, BIOÉTICA E POLÍTICA – Vendem-se corpos e compram-se consciências? 

Marcio Pereira de Andrade

Imagem publicada – uma foto colorida que fiz de uma matéria televisiva sobre o uso de robôs e novas tecnologias a serviço das guerras, de indústrias de ponta nos Eua, onde um manequim é cirurgicamente operado por um robô, que é teleguiado e projetado para servir remotamente a cirurgiões, que irão abreviar atendimento emergencial de soldados feridos em combate. A legenda diz: um robô que pode realizar cirurgias no campo de batalha. Matéria do Discovery Channel onde a robótica é utilizada para criação de drones, robôs espiões e desarmadores de bombas à distância.

“... Ao final do século XX, o fenômeno que mais se destaca é que a compra e venda não dizem respeito ao corpo como um todo, mas envolvem as partes individuais do homem. Assistimos, em outras palavras, à fragmentação comercial do ser humano. Os limites entre os usos e abusos do corpo tornaram-se gradualmente mais sutis e imprecisos...” (Giovanni Berlinguer & Volnei Garrafa, in Mercado Humano, 1996)

In memoriam de Giovanni Berlinguer (1924- 06/04/2015)

Sempre me perguntam se faria uma nova cirurgia. Sempre me indagam se não há um ‘’novo’’ tratamento, para minhas perdas, inclusive da mobilidade física. Sempre se surpreendem quando digo que estou à espera dos robôs da Nasa ou de alguma invenção das biotecnologias que irão trocar toda a minha coluna vertebral e não apenas colocar novos parafusos de titânio. Ainda prefiro a re-existência titânica do viver.

Assisti, recentemente, um desses programas de TV, da Discovery, onde um robô estava a ser testado, como na foto que tirei, para ‘realizar (em tempo recorde e veloz) uma cirurgia em campos de batalha’. Me vi ali deitado e sendo, então, novamente operado. E o bisturi, tele manipulado como nossas atuais consciências, me abria novamente pelas costas.

Hoje uma amiga me telefona, após muitos anos de distanciamento geográfico, e me sugere que façamos, visto essa minha tendência robótica de introduzir titânio no meu corpo, uma campanha para que vá para uma frente de batalha no Afeganistão. Lógico que só com passagem de ida, pois a volta, após a identificação de meu “sanguíneo conteúdo” político, pode ser direta para Guantánamo.

Tenho um belo livro para releitura e reflexão: O Mercado Humano – Estudo bioético da compra e venda de partes do corpo. É o mesmo citado lá em cima. Nele há interrogações sobre nossos tempos de transplantes de órgãos, fecundação artificial, engenharia genética, e, interessantemente, a questão da ‘escravidão ao mercado tecnológico’.

De lá, o livro é de 1996, para os nossos dias de Século XXI posso ter de responder com um sim às suas indagações: “Pode tudo ser realmente comprado ou mesmo roubado? Os órgãos para transplantes, o sangue para as transfusões, os recém-nascidos para as adoções, as meninas para as prostituições?”. Se alguém tem dúvidas busquem, em separado, as perguntas, e as respostas, no grande dicionário digital, o Google.

A realidade cruenta, por exemplo, da questão de tráfico de órgãos veio novamente à tona por causa de médicos lá no Sul de Minas. Não muito longe de minha terra natal e suas águas medicinais. Lá na pacata estância hidromineral de Poços de Caldas. Lá ocorreu o chamado Caso “Paulinho Pavesi”, um menino de 10 anos que teve seus órgãos retirados, segundo matéria de jornal, “enquanto ainda estava vivo”.

Esses e outros ‘’casos’’ estão relatados em jornais de imprensa local e de outros veículos, dos quais listei apenas alguns. O que ligou às notícias foi o título do livro de Berlinguer e Garrafa. Além disso, o surgimento fugaz em redes sociais de matérias midiatizadas recentemente. Não estou e estarei aqui para o julgamento da ‘’Máfia dos órgãos’’, mas para tentar compreender de onde nascem as raízes desse mercado.

Estamos assistindo, tele e midiaticamente, um recrudescimento de atitudes preconceituosas em Faculdades de Medicina. Recentemente vimos ‘veteranos’ com as fardas e capuzes da Klu Khux Khan, estavam em suas ‘fantasias’ e trotes reproduzindo o martírio de negros nos corpos dos ditos ‘bichos ou calouros’, lá na Unesp. Entretanto já tínhamos precedentes. Antes tivemos os estupros e as violências dentro das ‘festas’ de iniciação da vetusta Faculdade de Medicina da Usp.
Cito apenas estas duas ocasiões violentadoras, em espaços de formação acadêmica, uma que foi naturalizada e outra que passou até por uma CPI, e como “notícias”, em tempos voláteis, só voltarão quando novos casos surgirem.

No texto que escrevi sobre o Holocausto brasileiro promovido, historicamente, lá em Barbacena, MG, já fiz as devidas ligações entre o comércio de corpos do hospício para as mesas de dissecção anatômica das faculdades de medicina. Eu, lamentavelmente, vi e tive esses cadáveres anônimos como ‘’lições’’ de anatomia humana, cheios de formol e de pele totalmente endurecida. Eram os Anos 70.

Creio que a dissolução, possíveis escrúpulos ou humanidades, no mais profundo de nossos inconscientes sobre o homem como sujeito, na formação dos profissionais de saúde, em especial os médicos, ocorrem nessa ‘iniciação’ onde temos uma ‘’oração do cadáver anônimo’’, mas podemos, no futuro, transplantá-lo a categoria de homem-objeto.

Os primeiros ‘poços’ profundos, ou gênesis, de nossa posterior desumanização dos corpos pode fincar as raízes nesse solo acadêmico. Afinal o que nos separaria dos médicos nazistas que, como nos diz Agambem, faziam experimentações com as cobaias humanas, as ‘versuchem person’, onde os judeus ou pessoas com deficiência eram submetidos às mais baixas temperaturas, ou extração ‘a frio’ de órgãos para fins dos ‘avanços da medicina germânica, e a proteção do exército do Reich’? Mas seriam necessárias biopolíticas, leis, e, principalmente escolas da  de-formação da Juventude Hitlerista ou das Faculdades de Medicina, ou não?.

Não estou trazendo de volta o fantasma de Mengele, mas que há um ‘cheiro’ mortal e incômodo de nazifascismo no ar não há como negar. As banalizações e naturalizações de violências estão autorizando, mesmo que não explicitamente, a ‘neomercantilização’, ‘neoescravidão’ e ‘neoexploração’ de nossos corpos insurgentes (como filme dos adolescentes). O Grande Irmão global nos incentiva à neo-guerra. Forjamos novas escolas hipermidiáticas do ódio e de novas Ondas? Ou apenas, neurótica e perversamente, repetimos os nossos passados?

As nossas raízes culturais também se alimentam de trans históricas posições eugênicas dos médicos e educadores do século XX. Lá em São Paulo nos anos 20 podíamos ainda ter a contribuição de eminentes escritores, intelectuais e ‘elites’ sociais que legitimavam a distinção de ‘corpos válidos’ e ‘corpos descartáveis’.

A Vida Nua pode ser captada como um discurso de Eugenia e Poder, segundo estudo de Vera Regina Beltrão Marques, no discurso de Monteiro Lobato, o mesmo das Reinações de Narizinho, que dizia: “-Muito cedo chegou o americano à conclusão de que os males do mundo vinham de três pesos mortos que sobrecarregavam a sociedade- o vadio, o doente e o pobre... A eugenia deu cabo do primeiro, a higiene do segundo e a eficiência do último...”.

E o escritor tinha relações muito próximas com os higienistas e eugenistas brasileiros. Para eles, que se consideravam uma ‘elite’, a eliminação ‘radical’, assim como propõem os fascismos, é a melhor solução para “a América (incluam o nosso país) aproximar-se de um tipo de associação já existente na natureza, a colmeia – mas uma colmeia da abelha que pensa”.

Eis aí um discurso que estamos sendo obrigados a escutar, ver e ler nos nossos tempos de Idade Mídia. Arautos do ‘bom combate’ das nossas corrupções, projetadas apenas no socius, dizem que devemos dar o poder político de gerir o país e a Vida aos que são ‘puros, imaculados e nascidos em berços esplêndidos das classes mais afortunadas’.

Aos outros, aqueles que contaminam nossos shoppings ou nossas periferias, cabe a continuidade do extermínio por ‘golpes brandos’. Mantem-se a alienação, o racismo, as discriminações e o trabalho escravo como naturais. Esses outros são as nossas misérias ou serão.

A exclusão social retoma seus ares de horror econômico e a cultura do medo retoma sua posição a favor de novas e sutis repressões, inclusive políticas. Os corpos são novamente Vidas Nuas, homo sacer.

E, aqueles dos quais se esperava o cuidado com a Saúde, em especial a pública e universal, chamada ainda de SUS, podem nos submeter às desqualificações e desumanizações que justifiquem esse novo mercado privado e altamente rentável. Seremos os novos pacientes doadores espontâneos dos nossos órgãos. E os úteros já estão alugados.

Portanto, não estreitando nossos olhares e visões, acredito que temos de buscar urgentemente uma ressignificação e revitalização de nossos corpos trabalhadores. Já nos terceirizam e comercializam, até quando nos prostituirão as consciências críticas e políticas? Até quando nos darão olhos biônicos e televisivos que nos afastam do Outro e nos dão uma sórdida ilusão de Poder?

A medicalização do viver tem andado passo a passo no mesmo caminho tortuoso da militarização da Vida. Os novos casos, sempre meninos ou meninas, que perdem suas partes fragmentadas, ou por balas de fuzil ou por bisturis eletrônicos, passarão a categoria perversa de ‘efeitos colaterais’ de nossos progressos? Ou são apenas vidas descartáveis que atrapalham as novas tanatocracias ditatoriais ou seus projetos globais, sejam elas nas Áfricas, na Ucrânia, na Síria ou no Brasil?

Portanto, dentro dessa minha visão, que não desejo ser antevisão, espero não ter o falso gozo de me tornar mais uma cobaia humana. As alianças das biotecnologias, das engenharias, das genéticas e das biopolíticas não aliviarão, nem aliviam, os meus mais profundos e poéticos ardores.

Eu, brasileiro, negro, e Lobatianamente descartável, prometo me manter na Re-existência e na Resiliência, política e micropolítica, para além do fato de ser mais um que deseja um envelhecimento com dignidade para a Medicina, em busca de um aprender a construir, bioéticamente, novas pontes para o Futuro ...

Copyright/left jorgemarciopereiradeandrade 2015/2016 (favor citar o autor e as fontes em republicações livres pela Internet e/ou outros meios de comunicação para e com as massas)

quinta-feira, abril 9


JUSTIÇA!!! "O Caso Ana Carolina Cordovil Heiderich" (Reforma Psiquiátria)

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ANA CAROLINA CORDOVIL HEIDERICH SILVA‏
Ela só tinha 18 anos,e foi mais uma vida ceifada pelo criminoso sistema psiquiátrico de nosso país.
POR ESTA E MUITAS OUTRAS VIDAS, PRECISAMOS UNIR FORÇA EM PROL DE UMA URGENTE URGENTÍSSIMA REFORMA PSIQUIÁTRICA ANTIMANICOMIAL NO BRASIL.
DEPOIMENTO DE NERCINDA (MÃE DE ANA CAROLINA)
Internei minha filha no dia 26/11/2006 por volta das 19h. Na Clínica de Repouso Santa Isabel LTDA em Cachoeiro do Itapemirim/ Es. O meu objetivo era a Clínica Capaac por ser bem menor e possuir, apenas cerca de 35 leitos divididos entre masculinos e femininos. Chegando lá o médico nos informa que não tinha vaga e fez o encaminhamento para a Clínica Santa Isabel. Antes de ser atendida lanchou. Como ela queria biscoito de chocolate e dei de morango, por engano, ficou chateada. Logo o médico chegou e pediu que os enfermeiros a levassem para outra sala enquanto ele conversava comigo. Ela perguntou ao médico se não poderia ficar comigo até à hora da internação, ele alegou que era apenas para ver a pressão. Até eu acreditei. Porém, ela perguntou por que ele mesmo, não olhava sua pressão ao que respondeu que, o seu aparelho estava lá dentro. Foi a última vez que nos vimos.
Falei das suas dificuldades, dos medicamentos que ela tomava (trileptal300ml, rivotril2ml, fluoxetina20ml, metformina e glimepirida para controlar a glicose tipo II e que ela nunca tinha tido problema, pois media sempre 113, 123, 124 e poucas vezes chegavam a 145). Mas nunca havia ficado doente fisicamente.
Pedi que não lhe ministrasse Haloperidol, pois era alégica e já tinha sido socorrida na emergência com a língua inchada, para fora após ter tomado 20g de haldol mais um comprimido de akneton em dois dias somando 40g e dois comprimidos de akneton de 1ml.
Para reverter o quadro, a medica plantonista lhe aplicou Decadron e fernegan. Ele anotou, pois me pediu que repetisse os nomes dos medicamentos enquanto escrevia. Esta ficha não consta no prontuário, já que o mesmo me foi negado durante 6 meses.
Pedi a exumação após três dias e só consegui após 7 meses e dezesseis dias com muita insistência.
O médico diz que foi infarto do miocárdio , o legista diz , causa indeterminada, já que o coração estava em perfeito estado de conservação. Porém o pulmão esquerdo estava murcho. Além do tempo ainda os materiais só foram enviados para exame de laboratório depois de 40 dias, assim mesmo porque eu liguei para o IML para saber do resultado, eles não sabiam de nada já que estes materiais ainda estavam aqui em Manhuaçú e só saiu depois que eu falei com a delegada. Liguei outra vez para o IML e a perita me disse que foi impossível detectar a causa pelo fato das víceras estarem e formol o que atrapalha, segundo ela, as investigações. Estas partes não podem ser colocadas em nenhum conservante. Tentei contestar o laudo, mas encontrei dificuldades. O advogado do caso não se pronunciou. Infelizmente parece que neste mundo temos que saber de tudo, o que é impossível.
Ao terminar a consulta quis ver minha filha. Ele me disse que não era possível, pois ela estava sedada. Assustei-me e, falei: O Dr. não deu haldol pra ela! Ele me disse que não e que teria lhe dado apenas diazepam com biperideno.
Ao sair a atendente me pediu que eu deixasse para vê-la após,pelo menos 05 dias até que o paciente se habituasse no ambiente. Eu ligava cerca de três a quatro vezes por dia e só recebia boas notícias. Ela está bem!Mas não podia falar com opaciente hora nenhuma pelo telefone.
No final de 05 dias, fui visitá-la, mas cheguei depois da visita por causa de atraso do carro que nos levou. Mesmo assim o atendente me deixou vê-la, mas fui convencida sutilmente, por uma enfermeira a deixar a visita para segunda feira, uma vez que era o dia da reunião e ainda era muito cedo, já que agora era que eles estavam conhecendo o seu problema e que a minha visita poderia interromper o tratamento. Deixei uma bolsa com várias peças de roupas, maçãs, e voltei chorando, mas nunca me passou pela mente que ela corria risco de morrer.
Cheguei na segunda feira às 11h. Dirigi-me a assistente Social, me identifiquei ao que me respondeu que esperasse à hora da visita oficial às 13,30h. Quando fui entrar no pátio de visitas, ao mencionar o nome da paciente fui barrada e levada de volta para a sala da assistente Social onde gritei, rolei pelo chão, não sabia mais o que fazer. Minha única filha estava sem vida com apenas 18 anos. 04/12/2006
Quando consegui o prontuário vi que o médico não só prescreveu haldol, como em doses altíssimas [10mlde haloperidol;300ml de amplictil,4ml de biperideno além de Daonil. Só Daonil não era injetável. Cheguei à triste conclusão. Os medicamentos eram injetáveis porque ela não aceitava tomar haldol pois tinha plena consciência do mal que lhe causava. E lá eles são obrigados a tomar os medicamentos que é para manter a ordem. Se quiserem explicações de como lá funciona entrem em contato com Cassiane Cominiti Abreu Graduada em serviço sicial na UFES Cassiane abreu< cassiufes@yahoo.com.br>
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Voltei a clínca no dia 08/12/2006 para mais esclarecimento. O diretor Agostinho Sergio Fava Leite nos disse que ele soube que ela havia caído.já que eu havia constatado um grande hematoma em sua cabeça da orelha para cima no lado direito no dia do seu falecimento e meu sobrinho, no dia do velório, constatou hematomas na parte inferior do braço e na costela do mesmo lado. No dia 08 me acompanhavam: Alcinéia o advogado Dr. Ernesto e o motorista Gilcemar que presenciou uma senhora conversando comigo no pátio a qual me disse que era quem dava banho em minha filha,que lavava suas roupas e que lhe deixara muitas recordações. Fiquei mais uma vez surpresa Ana Carolina era totalmente independente.
No prontuário consta que ela estava em estado de prostração e que nos dia 02e03/12/2006 o clinico geral Dr. Sergio Serafim Costalonga passou a ministrar-lhe 40g de buscopan+40g de elixir paregórico, pois ela estava com diarréia em grande quantidade.
Denunciei ao MP por orientação do Médico que lhe acompanhava a cerca de 3 anos mais ou menos, ao CRM e a Comissão de Direitos Humanos do Estado do ES.
A investigações da Polícia Civil, na minha opinião muito deficiente. O primeiro delegado não deu conta do inquérito. O segundo chegou a me dizer que estava confiante que iríamos a júri mais foi transferido. O terceiro já concluiu dizendo que: não encontrou fundamento suficiente para indiciamento dizendo que eu sublimasse a minha dor de outra forma, que tinha mais coisas para fazer e desligou o telefone, já que eu insistia na intimação de mais pessoas para serem ouvidas, uma investigação mais apurada dos fatos e acareação entre o Dr. Clínico Dr. Agostinho Fava Leite, o Médico responsável Dr. Silvio Romero de Sousa França e Maria das Mercês dos Santos a serviçal que mudou todo o seu depoimento, o Dr. Ernesto advogado que conversou em particular com o Dr. e achou que eu não deveria representar contra a clínica.
Suspeitas: Hipoglicemia, overdose medicamentosa, além da alergia ao haldol, tombo,
Enfraquecimento, já que ela não se alimentava o que é de se estranhar para uma pessoa que não dispensava uma refeição, se quer. E que tínhamos que ficar de olho já que ela estava acima do peso normal. Mais um motivo para que ele tomasse mais cuidado, embora ela era muito ativa, inteligente, não sentia nem mesmo dor de cabeça, o que era raro.
http://www.redehumanizasus.net/9551-justica-o-caso-ana-carolina-cordovil-heiderich-reforma-psiquiatria#comment-11600

Enfermeira mata seis pacientes para reduzir seu tempo de trabalho em hospital

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Um enfermeira admitiu ter matada seis de seus pacientes para reduzir sem tempo de trabalho em um hospital.
Vera Maresova, de 50 anos, foi apelidade de “Enfermeira da Morte” após assassinar seis pacientes em um intervalo de quatro anos no hospital que trabalha, localizado na pequena cidade de Rumburk, na República Checa. Ela dava doses mortais de potássio às suas vítimas, sendo cinco mulheres e um homem.
Os crimes ocorreram entre 2010 e 2014.
Todas as vítimas eram idosas e precisavam de tratamento intensivo. Vera era responsável por cuidar delas, mas resolveu mata-las para reduzir a carga horária no emprego.
Enfermeira mata seis pacientes para reduzir seu tempo de trabalho
Um enfermeira admitiu ter matada seis de seus pacientes para reduzir sem tempo de trabalho em um hospital.
A mulher deve passar o resto da vida na prisão.
Fonte: Metro
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