Direitos Humanos
Um Ensaio sobre a vida!
Minhas lágrimas nunca cessarão de rolar.
Mas, eu sei que um dia, Deus exugará deles toda lágrima,
e a morte não mais existirá, já não haverá mais luto, nem
pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
quinta-feira, setembro 7
AS ARTIMANHAS DA IMPUNIDADE
nercinda claresminda heiderich
qua 22/02, 07:55Você
AS ARTIMANHAS DA IMPUNIDADE
Filed under: Uncategorized — 1 Comentário
setembro 13, 2011
Publicamos este texto, integralmente escrito por uma familiar militante da Luta Antimanicomial, porque nós, estudantes de psicologia organizados no CALPSI-UFES, temos como sonho e como objetivo a superação de todos os tipos de manicômio ainda presentes na nossa sociedade. Não podemos nos esquecer do que já aconteceu, nem dos horrores que AINDA ESTÃO ACONTECENDO. A biografia de cada uma das militantes da Luta Antimanicomial se torna parte da biografia do CALPSI-UFES e de todas e todos que lutam por uma outra sociedade, por uma sociedade sem manicômios. Publicamos o texto de Nercinda Heiderich porque queremos, sem medo de criminalização, amplificar a sua voz! Gritamos com ela, e pedimos a todas e todos que gritem conosco também, para acabar com cada um dos malditos manicômios ainda em pé, sejam eles em forma de prédios ou de idéias em nossos corações! Para saber mais: http://www.google.com.br/#hl=pt-BR&sugexp=gsis%2Ci18n%3Dtrue&cp=22&gs_id=1k&xhr=t&q=ana+carolina+heiderich&pf=p&sclient=psy-ab&source=hp&pbx=1&oq=ana+carolina+heiderich&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=&gs_upl=&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.&fp=955018f6e8d5a3bd&biw=1024&bih=561
AS ARTIMANHAS DA IMPUNIDADE
AS ARTIMANHAS DA IMPUNIDADE
AS ARTIMANHAS DA IMPUNIDADE
Já se foi um ano de preocupação com um processo movido pelo dono e dir. administrativo da Clínica de Repouso Santa Izabel LDTA, em Cachoeiro do Itapemirim-ES, conveniada com o SUS.
Agora chega! Vou enfrentá-lo de cabeça erguida. O crime que cometi foi o de ter internado minha filha nesta clínica onde, mais de 400 pacientes sofrem maus tratos.
Acham que nos enganam! Que os prefeitos e os vereadores desta cidade não sabem de nada? Quanta “ingenuidade!” O que mais me deixa indignada é o cinismo de alguns, que tentam manipular todos aqueles que julgam desenfornados e conformados.
E onde estão as autoridades eclesiásticas desta cidade? De mãos encolhidas?
O que falta é “BRAVA GENTE, BRASILEIR.”
Vocês não percebem que o objetivo do Dir. Administrativo foi desviar o foco, quando denuncie a morte da Minha filha, ANA CAROLINA CORDOVIL HEIDERICH SILVA e que, sua história está conhecida em todo o território brasileiro e até fora do país? E que o médico responsável e o Dir. Clínicos foram indiciados por homicídio culposo?
Ora! É óbvio que, este processo não passa de uma estratégia “bem armada.”
Agora ele é a vítima e eu que perdi minha filha, morta no interior da Clínica, sou Ré. Chega a ser Cômico, porém, pra mim…Trágico”.
Envenaram minha filha com haldol, sabendo que ela era alérgica, inchava a glote e agora se acham vítimas de difamação e calúnia?
Este é o meu Brasil Brasileiro, Cheio de tristezas mil… Sem os encantos mil que tantas vezes cantei. " Náo há vitoria sem Lutas".
Nercinda C. Heiderich
AS ARTIMANHAS DA IMPUNIDADE
nercinda claresminda heiderich
qua 22/02, 07:55Você
AS ARTIMANHAS DA IMPUNIDADE
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setembro 13, 2011
Publicamos este texto, integralmente escrito por uma familiar militante da Luta Antimanicomial, porque nós, estudantes de psicologia organizados no CALPSI-UFES, temos como sonho e como objetivo a superação de todos os tipos de manicômio ainda presentes na nossa sociedade. Não podemos nos esquecer do que já aconteceu, nem dos horrores que AINDA ESTÃO ACONTECENDO. A biografia de cada uma das militantes da Luta Antimanicomial se torna parte da biografia do CALPSI-UFES e de todas e todos que lutam por uma outra sociedade, por uma sociedade sem manicômios. Publicamos o texto de Nercinda Heiderich porque queremos, sem medo de criminalização, amplificar a sua voz! Gritamos com ela, e pedimos a todas e todos que gritem conosco também, para acabar com cada um dos malditos manicômios ainda em pé, sejam eles em forma de prédios ou de idéias em nossos corações! Para saber mais: http://www.google.com.br/#hl=pt-BR&sugexp=gsis%2Ci18n%3Dtrue&cp=22&gs_id=1k&xhr=t&q=ana+carolina+heiderich&pf=p&sclient=psy-ab&source=hp&pbx=1&oq=ana+carolina+heiderich&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=&gs_upl=&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.&fp=955018f6e8d5a3bd&biw=1024&bih=561
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Já se foi um ano de preocupação com um processo movido pelo dono e dir. administrativo da Clínica de Repouso Santa Izabel LDTA, em Cachoeiro do Itapemirim-ES, conveniada com o SUS.
Agora chega! Vou enfrentá-lo de cabeça erguida. O crime que cometi foi o de ter internado minha filha nesta clínica onde, mais de 400 pacientes sofrem maus tratos.
Acham que nos enganam! Que os prefeitos e os vereadores desta cidade não sabem de nada? Quanta “ingenuidade!” O que mais me deixa indignada é o cinismo de alguns, que tentam manipular todos aqueles que julgam desenfornados e conformados.
E onde estão as autoridades eclesiásticas desta cidade? De mãos encolhidas?
O que falta é “BRAVA GENTE, BRASILEIR.”
Vocês não percebem que o objetivo do Dir. Administrativo foi desviar o foco, quando denuncie a morte da Minha filha, ANA CAROLINA CORDOVIL HEIDERICH SILVA e que, sua história está conhecida em todo o território brasileiro e até fora do país? E que o médico responsável e o Dir. Clínicos foram indiciados por homicídio culposo?
Ora! É óbvio que, este processo não passa de uma estratégia “bem armada.”
Agora ele é a vítima e eu que perdi minha filha, morta no interior da Clínica, sou Ré. Chega a ser Cômico, porém, pra mim…Trágico”.
Envenaram minha filha com haldol, sabendo que ela era alérgica, inchava a glote e agora se acham vítimas de difamação e calúnia?
Este é o meu Brasil Brasileiro, Cheio de tristezas mil… Sem os encantos mil que tantas vezes cantei. " Náo há vitoria sem Lutas".
Nercinda C. Heiderich
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nercinda claresminda heiderich
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setembro 13, 2011
Publicamos este texto, integralmente escrito por uma familiar militante da Luta Antimanicomial, porque nós, estudantes de psicologia organizados no CALPSI-UFES, temos como sonho e como objetivo a superação de todos os tipos de manicômio ainda presentes na nossa sociedade. Não podemos nos esquecer do que já aconteceu, nem dos horrores que AINDA ESTÃO ACONTECENDO. A biografia de cada uma das militantes da Luta Antimanicomial se torna parte da biografia do CALPSI-UFES e de todas e todos que lutam por uma outra sociedade, por uma sociedade sem manicômios. Publicamos o texto de Nercinda Heiderich porque queremos, sem medo de criminalização, amplificar a sua voz! Gritamos com ela, e pedimos a todas e todos que gritem conosco também, para acabar com cada um dos malditos manicômios ainda em pé, sejam eles em forma de prédios ou de idéias em nossos corações! Para saber mais: http://www.google.com.br/#hl=pt-BR&sugexp=gsis%2Ci18n%3Dtrue&cp=22&gs_id=1k&xhr=t&q=ana+carolina+heiderich&pf=p&sclient=psy-ab&source=hp&pbx=1&oq=ana+carolina+heiderich&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=&gs_upl=&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.&fp=955018f6e8d5a3bd&biw=1024&bih=561
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Já se foi um ano de preocupação com um processo movido pelo dono e dir. administrativo da Clínica de Repouso Santa Izabel LDTA, em Cachoeiro do Itapemirim-ES, conveniada com o SUS.
Agora chega! Vou enfrentá-lo de cabeça erguida. O crime que cometi foi o de ter internado minha filha nesta clínica onde, mais de 400 pacientes sofrem maus tratos.
Acham que nos enganam! Que os prefeitos e os vereadores desta cidade não sabem de nada? Quanta “ingenuidade!” O que mais me deixa indignada é o cinismo de alguns, que tentam manipular todos aqueles que julgam desenfornados e conformados.
E onde estão as autoridades eclesiásticas desta cidade? De mãos encolhidas?
O que falta é “BRAVA GENTE, BRASILEIR.”
Vocês não percebem que o objetivo do Dir. Administrativo foi desviar o foco, quando denuncie a morte da Minha filha, ANA CAROLINA CORDOVIL HEIDERICH SILVA e que, sua história está conhecida em todo o território brasileiro e até fora do país? E que o médico responsável e o Dir. Clínicos foram indiciados por homicídio culposo?
Ora! É óbvio que, este processo não passa de uma estratégia “bem armada.”
Agora ele é a vítima e eu que perdi minha filha, morta no interior da Clínica, sou Ré. Chega a ser Cômico, porém, pra mim…Trágico”.
Envenaram minha filha com haldol, sabendo que ela era alérgica, inchava a glote e agora se acham vítimas de difamação e calúnia?
Este é o meu Brasil Brasileiro, Cheio de tristezas mil… Sem os encantos mil que tantas vezes cantei. " Náo há vitoria sem Lutas".
Nercinda C. Heiderich
domingo, julho 3
https://www
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Testemunho - Sebastião Ventury Baptista
nercindach1 segundo atrás
Olha
só, quem está o púlpito! O Dono do Holocausto, Clinica de Repouso
Santa Isabel LTDA, Sebastião Ventury Baptista. Ali os pacientes,
internados pelo SUS, não passam de mercadorias. Um mentiroso! um
coronel, assassino, cuja única diferença, é que se formou em pediatria,
mas que mantém esta masmorra para seu próprio beneficio. Tenho
provas fotografadas, do espaço físico, onde são internados os pacientes
pelo SUS, do que estou falando. Banheiros, sem portas, sem vaso,
ambientes escuro, mau cheiro, camas feitas de cavaletes, duvidam?
Peguem o processos de Ana Carolina Cordovil Heiderich Silva! Minha
filha, aparece morta no interior desta Masmorra, aos 18 anos, em apenas
08 dias de internação, no dia 04 de dezembro de 2006. Estive neste
neste holocausto, para vê-la, no dia 01 Sexta feira, e não me
permitiram, alegando que ela estava bem, e que eu voltasse na segunda
feira. Voltei, aguardei ansiosa para vê-la..... e o que vi? me
entregaram apenas o corpo de uma moça linda, porém, sem vida. que ali
entrou, tranquila, ainda me disse que queria voltar pra cantar na
igreja...Depois de conversar comigo, o Dr. Silvio Romero de Souza
França, não me deixou entrar. Fiquei apreensiva, mas respeitei... Hoje
não sou mais aquela, que aceita o que vão me dizendo, os médicos
ou, quem quer que seja sem conferir. E se preciso, enfrento de cabeça
erguida, não tenho medo de ameaças. Ele abriu processos contra mim, mas
não foi feliz..Porém, . infelizmente, ele tem dinheiro para comprar
advogados e testemunhas vendidos, ou sobe ameaças, após 8 anos e 10
meses, a juíza Auricelia.... absolve os médicos, e ainda, incluíram uma
m´dica, que não consta no prontuário e nem no CNPJ, daquele ano como
se ela tivesse assistido minha filha. Este que pregador é um crápula,
debochado. etc... Ameaça a todos que tentam atravessar o seu
caminho...Uma pessoa fria, calculista, nojenta... Dou fé, do tenho
dito...Nercinda Claresminda Heiderich...
sábado, abril 2
http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2015/05/negros-deficientes-e-mesticos-as.html
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terça-feira, dezembro 29
sábado, setembro 26
O paradoxo da condição humana
Eis aqui, pois, o paradoxo da nossa condição humana: nossa dignidade e nossa depravação. Nós somos igualmente capazes do mais sublime gesto de nobreza e da mais vil crueldade. Num momento podemos comportar-nos como Deus, a cuja imagem fomos criados, para logo depois agirmos como animais, dos quais deveríamos diferir completamente. .."Foram os seres humanos que inventaram os hospitais para cuidar dos doentes, universidades onde se cultiva a sabedoria, assembleias e congressos para o governo justo dos povos, e igrejas onde adorar a Deus. Mas foram eles também que inventaram as câmaras de tortura, os campos de concentração e os arsenais nucleares. Estranho e incrível paradoxo! Nobre e ignóbil, racional e irracional, moral e imoral, divino e animal!"
Jonh Stott
Eis aqui, pois, o paradoxo da nossa condição humana: nossa dignidade e nossa depravação. Nós somos igualmente capazes do mais sublime gesto de nobreza e da mais vil crueldade. Num momento podemos comportar-nos como Deus, a cuja imagem fomos criados, para logo depois agirmos como animais, dos quais deveríamos diferir completamente. .."Foram os seres humanos que inventaram os hospitais para cuidar dos doentes, universidades onde se cultiva a sabedoria, assembleias e congressos para o governo justo dos povos, e igrejas onde adorar a Deus. Mas foram eles também que inventaram as câmaras de tortura, os campos de concentração e os arsenais nucleares. Estranho e incrível paradoxo! Nobre e ignóbil, racional e irracional, moral e imoral, divino e animal!"
Jonh Stott
ES: Governo trata organizações de DH como intrusos
fonte: Justiça Global
- Nercinda C. Heiderich
Por José Rabelo, Jornal Século Diário
Intrusos.
É assim que o governo Paulo Hartung classifica os representantes de
organizações de defesa de direitos humanos que vêm ao Estado para
apurar as denúncias de violações de direitos que se perpetuam no sistema
carcerário do Espírito Santo há mais de uma década. As denúncias, cada
vez mais contundentes, mancham a imagem do povo capixaba no Brasil e
no mundo.
Nessa
sexta-feira (5), não foi diferente. O secretário de Justiça Ângelo
Roncalli deu uma ordem expressa para que os representantes da Justiça
Global e Conectas, do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Espírito
Santo (CEDH-ES), do Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra
(CDDH-Serra) e da Pastoral do Menor, se retirassem da Penitenciária
Feminina de Tucum, em Cariacica.
A
comissão legítima, que estava vistoriando os presídios do Estado desde
a última quarta-feira (3), foi surpreendida com a determinação
truculenta do governo. “Não nos deram explicação alguma, simplesmente
pediram que nos retirássemos do interior do presídio poucos minutos
após a nossa entrada”, contou a diretora da Justiça Global, Sandra
Carvalho.
Sandra
Carvalho disse que achou a determinação estranha, pois a comissão já
havia visitado, nos dias anteriores, os DPJs de Cariacica e Vila Velha,
o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cariacica e a Unidade de
Internação Socioeducativa (UNIS), no mesmo município.
O
presidente do CEDH-ES, Bruno Souza, declarou ao site da Justiça Global
(www.global.org.br) que a expulsão reflete a falta de diálogo e de
transparência com que o governo do Espírito Santo trata a questão do
sistema prisional. “Tentam de todas as formas ocultar as graves
violações de direitos humanos que acontecem sistematicamente nas
unidades prisionais do estado. Frequentemente, o governo desrespeita
decisões judiciais e determinações de organismos internacionais.”
A
diretora da Justiça Global, que acompanha as situações de violações de
direitos no sistema prisional capixaba há mais de cinco anos, concorda
com Bruno Souza. Sandra lembrou que os conselhos e as organizações do
Estado sempre foram impedidos de visitar as unidades prisionais,
direito que é previsto em lei. Ela também reclama que o governo não tem
se colocado aberto para o diálogo.
O
advogado da Conectas, Samuel Friedman, que também participou das
vistorias, além da expulsão sumária de Tucum, reclamou de outros
impedimentos impostos pelo governo do Estado à comissão. “Fomos
proibidos de entrar nos presídios com câmeras fotográficas. Assim fica
difícil para materializarmos provas sobre as violações”. Friedman disse
que a impressão que se tem e de que o governo quer “esconder alguma
coisa”.
Mesmo
cerceados, os membros da comissão conseguiram fotografar balas de
borracha que teriam sido disparadas contra os detentos do CDP de
Cariacica e as internas da Penitenciária de Tucum. Os próprios presos
conseguiram entregar as balas aos representantes das organizações.
Sandra Carvalho acrescentou também que havia marcas de tiros (armas de
fogo) nas paredes das unidades que foram disparados de fora para
dentro.
Histórico de intolerância
O
governo do Estado passou a ser ainda mais intolerante com as
organizações e com os conselhos de direitos humanos a partir de abril
de 2009, após o ex-presidente do Conselho Nacional de Política Criminal
e Penitenciária (CNPCP), Sérgio Salomão Shecaira, produzir um dos
relatórios mais contundentes sobre a caótica situação do sistema
penitenciário capixaba. À época, Shecaira comparou as “masmorras
capixabas” aos campos de concentração nazistas da Segunda Guerra
Mundial.
O
relatório mobilizou uma verdadeira carreata de comissões de todo o
País que queriam comprovar se as atrocidades relatadas por Shecaira não
eram exageradas. O relatório, ratificado pelo Conselho Nacional de
Justiça e pela Comissão de Direitos da Pessoa Humana da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República – só para citar dois
exemplos -, foi parar na mesa do procurador geral da República com um
pedido de intervenção federal no Estado, tal era a gravidade das
violações.
Comprovando
mais uma vez a intolerância do governo capixaba para com o diálogo,
Shecaira saiu do Estado sem conseguir discutir os problemas de
violações de direitos com os secretários da Justiça e da Segurança,
respectivamente, Ângelo Roncalli e Rodney Rocha Miranda, que foram
refratários aos pedidos de reunião do ex-presidente do CNPCP.
A
tropa de choque do governo tratou a visita de Shecaira como
perseguição política ao Espírito Santo. Chegaram a dizer coisas
absurdas como: “Se fosse com Minas Gerais, que tem um bancada grande,
duvido que eles tivessem coragem de pedir intervenção”.Além disso:
“bisbilhoteiro, intrometido” e até “aloprado” foram alguns dos
impropérios disparados pelas autoridades do governo contra o
ex-presidente do CNPCP.
Na
queda de braço com Shecaira, o governo Paulo Hartung levou a melhor.
Logo após o pedido de intervenção cair na imprensa, o ministro da
Justiça, Tarso Genro, saiu em defesa do Espírito Santo e desautorizou o
Shecaira ao anunciar que haveria outra saída que não a intervenção para
o Estado.
Em
agosto do ano passado, Shecaira deixou a presidência do CNPCP alegando
que um dos motivos de sua saída era a crise no sistema penitenciário
do Espírito Santo. “Infelizmente, o Ministério da Justiça não me deu o
respaldo esperado para resolver os problemas no sistema carcerário do
Espírito Santo. Não me restou alternativa, a não ser sair”.
A
iniciativa de levar os casos de violações de direitos a instâncias
internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e
Organizações dos Estados Americanos (OEA), está sendo a saída encontrada
pelas organizações não-governamentais para manter as denúncias na
pauta.
Segundo
o advogado Samuel Friedman, a Conectas tem status consultivo no
Conselho de Direitos Humanos da ONU. Friedman explicou que a vinda da
Conectas ao Espírito Santo atendia a uma demanda da ONU. “Essa visita é
complementar a primeira que fizemos em novembro do ano passado, também
em conjunto com a Justiça Global e com os conselhos de direitos
humanos do Espírito Santo. Friedman afirmou que, a partir dos novos
dados coletados, a comissão vai concluir o relatório e enviá-lo às
comissões de Torturas e Execuções Sumárias da ONU e à OEA. Ele disse
ainda que o documento, no Brasil, será encaminhado ao CNJ, às comissões
de direitos humanos do Senado e da Câmara e inclusive à Procuradoria
Geral da República, que continua analisando o pedido de intervenção
federal no Estado.
O
advogado da Conectas também informou que em março, durante a reunião
regular da ONU, em Genebra, as organizações não-governamentais serão
ouvidas no Conselho de Direitos Humanos da ONU e os casos de violações
no Espírito Santo entrarão na pauta internacional.
O
Conselho dos Direitos Humanos da ONU, instituído em março de 2006, é
formado por 47 países. Sua criação foi marcada por uma polêmica
envolvendo os Estados Unidos, as Ilhas Marshall, Palau, e Israel, países
que votaram contra a criação do novo Conselho.
Os
Estados Unidos justificaram seu voto contrário alegando que haveria
pouco poder envolvido no Conselho e não se conseguiria evitar os abusos
contra os direitos humanos que acontecem em todo o mundo.
fonte: Justiça Global
segunda-feira, junho 8
Entenda a 1ª Guerra Mundial em 20 fotos da época
28/07/2014 06h43
- Atualizado em
28/07/2014 16h01
Entenda a 1ª Guerra Mundial em 20 fotos da época
Assassinato de arquiduque serviu de estopim para o confronto bélico.
Primeiro conflito de proporção global deixou 10 milhões de mortos.
Do G1, em São Paulo
saiba mais
Nesta segunda-feira (28), completam-se cem anos do início da 1ª Guerra
Mundial (1914-1918). O conflito foi o primeiro a envolver países dos
cinco continentes e deixou cerca de 10 milhões de mortos e 20 milhões de
feridos, além de resultar na queda de quatro impérios (Russo,
Austro-Húngaro, Alemão e Otomano).Veja abaixo 20 imagens que resumem o que foi a guerra:
Paz Armada
Em um período chamado de "paz armada" (1871-1914), esses países protagonizaram uma corrida armamentista que aumentava a tensão nas relações internacionais. O continente era um barril de pólvora e bastava uma faísca para que explodisse. O estopim foi um crime político.
Trabalhadores em uma fábrica de bombas na Inglaterra (Foto: Flickr/IWM Collections)
O estopim
do arquiduque Francisco Ferdinando, príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro, e de sua mulher, Sofia. Eles foram vítimas de um atentado durante visita a Sarajevo – ato com importante conteúdo político, pois buscava demonstrar o domínio austríaco sobre a região.
O crime aconteceu em 28 de junho de 1914. O autor dos disparos foi Gavrilo Princip, estudante sérvio-bósnio ligado a uma organização nacionalista. Um mês depois, em 28 de julho, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia, dando início ao confronto.
Francisco
Ferdinando e sua mulher, Sofia, deixam a Prefeitura de Sarajevo, em 28
de junho de 1914 (Foto: Reuters/JU Muzej Sarajevo)
Foto
não datada do velório do arquiduque Francisco Ferdinando e de sua
mulher, Sofia, mortos em um atentado a tiros em Sarajevo (Foto:
AP/Arquivo Histórico de Sarajevo)
Prisão de Gavrilo Princip, à direita sem chapéu, momentos após matar o arquiduque (Foto: AP)
Efeito cascata
Por causa da política de alianças, em pouco tempo praticamente toda a Europa está envolvida no conflito. De um lado estavam os países da Tríplice Aliança (Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro) e, do outro, a Tríplice Entente (Reino Unido, França e Rússia).
Em maio de 1915, a Itália, que pertencia à Tríplice Aliança (mas até então estava neutra), declara guerra ao Império Austro-Húngaro e muda de lado, indo a combate do lado da Entente, em troca da promessa de receber territórios.
Apesar de ser um conflito essencialmente europeu, a guerra envolveu os Estados Unidos e o Japão, e as colônias das potências da Europa também foram campos de batalha.
Em outubro de 1917, o Brasil declarou guerra à Alemanha pela mesma razão dos Estados Unidos: meses antes, navios mercantes brasileiros haviam sido afundados por submarinos alemães. Sua participação, porém, foi pequena e teve poucos reflexos na guerra.
População celebra em Berlim declaração de guerra (Foto: Flickr/The Library of Congress)
Fronteiras e trincheiras
Após vencer a resistência das forças belgas, os alemães conseguiram entrar em território francês pela fronteira do país. Em apenas um dia, 22 de agosto de 1914, 27.000 soldados franceses foram mortos, na mais importante perda para as tropas do país. Uma das principais caraterísticas dos confrontos foi o uso de trincheiras – frentes estáticas escondidas em valas cavadas no chão, protegidas por arame farpado.
Soldados alemães defendem trincheira na fronteira com a Bélgica (Foto: U.S National Archives)
Soldados franceses recolhem ferido em cidade da Bélgica, em 1914 (Foto: Flickr/The Library of Congress)
Soldados fazem reparo em trincheira após ataque a bomba (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Imagem
aérea feita de um avião britânico mostra trincheiras cavadas na Frente
Ocidental, em junho de 1917 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict
London)
Batalhas devastadoras
Foi em território francês que se travaram as principais batalhas da guerra. As mais devastadoras foram as de Verdun e Somme. A primeira durou de fevereiro a dezembro de 1916. O exército francês empenhou todos seus esforços para conter as investidas alemãs no nordeste do país. A batalha terminou com mais de 700.000 baixas.
A segunda começou em julho de 1916 e durou cerca de cinco meses. Os exércitos da França e da Grã-Bretanha investiram contra a linha de defesa alemã na região do Rio Somme, mas não tiveram êxito. Foi o conflito mais letal da guerra, com 1,2 milhão de vítimas – entre mortos e feridos de ambos os lados.
Tropas britânicas avançam durante a Batalha do Somme, em 1916 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Soldados observam disparos da artilharia durante a Batalha do Somme, em 1916 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Batalhas do Marne
Dois anos depois, já com os Estados Unidos lutando na guerra no lado da França e da Grã-Bretanha, houve a segunda batalha do Marne, que marcou o início do recuo geral das forças alemãs. Em julho de 1918, com a ajuda dos americanos, os exércitos aliados conseguiram barrar o avanço do exército alemão, em um conflito que causou centenas de milhares de baixas em ambos os lados.
Tropas francesas nas ruínas de uma catedral perto do Rio Marne em ataque contra os alemães (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Munição das tropas alemãs abandonada na Batalha do Marne (Foto: Flickr/The Library of Congress)
EUA desequilibram
Foi ao lado dos americanos que os países da Entente conseguiram reagir de forma mais efetiva contra as investidas do exército alemão.
Foto de soldados americanos em material de publicidade de recrutamento (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Artilharia pesada
Das baionetas, os exércitos passaram às metralhadoras, frotas de encouraçados, submarinos, tanques de guerra, lança-chamas e gases tóxicos. Os aviões, que antes serviam apenas para observação, começaram a ser usados em bombardeios.
Exército francês faz disparo com imenso canhão de guerra (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Capelão faz sermão do cockpit de um avião de guerra (Foto: Flickr/National Library of Scotland)
Guerra química
Soldados
americanos posam com máscaras de gás no Laboratório de Desenvolvimento
Químico na Filadélfia, nos EUA, em 1919 (Foto: Reuters/Archive of Modern
Conflict London)
Genocídio armênio
Foi durante a 1ª Guerra que começou o genocídio armênio pela mão dos turcos, em abril de 1915. Os homens eram levados para o fronte, onde eram mortos enquanto cavavam trincheiras. Crianças, idosos e mulheres eram tirados de suas casas para "caravanas da morte", onde sucumbiam ao frio, à fome e às doenças. Os armênios afirmam que o número de mortos chegou a 1,5 milhão.
Ossada de armênios queimados vivos por soldados turcos em 1915 (Foto: Acervo/The Armenian Genocide Museum-Institute)
Revolta e revolução
Em novembro do ano seguinte, oito meses após o czar Nicolau II abdicar, começa a Revolução Russa. Em dezembro, o país assina o armistício com a Alemanha e sai da 1ª Guerra.
Soldados fazem demonstração em São Petersburgo em fevereiro de 1917 (Foto: Wikimedia Commons)
Armistícios
Estima-se que a 1ª Guerra mobilizou mais de 70 milhões de soldados dos cinco continentes e gerou custos da ordem de 180 bilhões de dólares. O conflito teve ainda 6 milhões de prisioneiros e 10 milhões de refugiados.
Em junho de 1919, é assinado o Tratado de Versalhes, que impôs as condições de paz – as mais duras para a Alemanha. O país perdeu todas as suas colônias, foi desarmado, teve parte de seu território ocupado militarmente e ainda precisou pagar uma pesada indenização pelos custos da guerra.
Tropas marcham em Londres após assinatura de armistício que deu fim à guerra, em 1918 (Foto: Flickr/National Library NZ)
*Com France Presse
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