domingo, janeiro 16

Eu Aprendi

Cerca de 589 frases e pensamentos: eu aprendi

Eu aprendi……que eu não posso exigir o amor de ninguém.
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto;…que não importa o quanto certas coisas são importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e jamais conseguirei convencê-las;…que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

Eu aprendi……que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando;…que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida;…que por mais que você corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo que cortamos de nosso caminho.

Eu aprendi……que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser e devo ter paciência;…que posso ir além dos limites que eu próprio me coloquei;…que eu preciso escolher entre controlar meu pensamento ou ser controlado por ele.

Eu aprendi……que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem;…que perdoar exige muita prática;…que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.

Eu aprendi……que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar minha vida;

Eu aprendi……que eu posso ficar furioso, tendo o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.

Eu aprendi……que a palavra “AMOR” perde o sentido, quando usada sem critério;…que certas pessoas vão embora de qualquer maneira;…que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas que eu acredito.

Se aprendessemos algumas coisas, tudo seria mais fácil…certas coisas realmente eu já aprendi…outras…ainda não…estou tentando…o que vale é a intenção...William shakespeare

segunda-feira, janeiro 10

Vem ser comigo
Quero ser contigo
Mas não tem que ser
Do mesmo jeito que eu costumo ser
No que for igual caminharemos juntos
E as diferenças a gente respeita

Na mesma ciranda
E no mesmo jardim
Há flores diferentes
No mesmo canteiro
E na mesma sementeira
Há brotos diferentes e delicados

Não são iguais, não é a mesma coisa
Mas o cuidador sabe o que fazer
Só quem não é cuidador
Não consegue entender!
Só quem não é cuidador
Não consegue entender!

Diferentes mas iguais
É preciso e é possível ser diferente
Pensar e agir diferente
Mas viver e ser em paz

Elias J. Silva

sábado, janeiro 8

CONVITE

Convido você a caminhar pelos caminhos da PAZ

A navegar nas águas puras da PAZ
A escalar as montanhas da PAZ

A descer às planícies da PAZ
A mergulhar nas profundezas da PAZ
A desvendar os mistérios da PAZ

Quero que a PAZ aconteça
Quero a PAZ dos vivos
Não quero a paz dos mortos
Quero a PAZ dos livres
Não quero a paz dos cativos
Quero a PAZ que engrandece
Não quero paz que aliena
Quero PAZ real
Não quero paz alienígena

Quero PAZ de entendimento
De Justiça
De igualdade
De vida plena
De liberdade
De solidariedade

Quero PAZ de ternura
De amor
De perdão
De carinho
De benquerença
De amizade

Quero a PAZ da conquista
Da luta pela causa justa
Da partilha dos bens e dos valores humanos
Da socialização do Saber
Do Ser pleno
E do Ter social bem distribuído

Não quero a paz das catacumbas
Não quero a paz dos escombros
Não quero a paz das cavernas
Não quero a paz dos poderosos
Não quero guerra!
O que eu quero é PAZ!

Quero PAZ para viver
Quero a PAZ que traz a luz
Quero a PAZ do amanhecer
E no entardecer quero PAZ
Quero a PAZ dos corações
Quero a PAZ das multidões
Quero PAZ social
Quero PAZ coletiva
Quero PAZ em mutirão
Quero a PAZ da SAÚDE em plenitude
Quero PAZ comunitária
E o mundo uma só nação!

Blog de Elias J. Silva 68 leituras
Tags: Poesia e educação popular
Estado/cidade: Ceará/Fortaleza

terça-feira, janeiro 4

A ESPIRITUALIDADE DA VERGONHA

Na oração de confissão de Daniel há uma declaração que vem se tornando cada dia mais rara entre nós: "
A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós, o corar de vergonha” (Dn 9.7). Isto não acontece mais.
Somos demasiadamente tolerantes para “corar de vergonha”.
Mesmo diante de fatos trágicos e deploráveis que vemos todos os dias, o máximo que conseguimos é uma indignação passageira. Porém, é a possibilidade de corar de vergonha que não me permite rir da corrupção, achar normal a promiscuidade, conviver naturalmente com a maldade e a mentira, ou, ainda, achar graça da injustiça.

Vivemos numa cultura que se orgulha do pecado, glamourizando-o através dos meios de comunicação, fazendo das tribunas públicas um palco de mentiras, organizando marchas para celebrá-lo, rindo da corrupção, exaltando a esperteza.

E ninguém fica corado de vergonha.

Daniel contrasta, de um lado, a natureza justa de Deus e, de outro, a corrupção e a injustiça do seu povo. Ele só é capaz de fazer isto porque sua ética e moral estão ancoradas em verdades absolutas sobre as quais não pode haver tolerância. A conclusão a que ele chega é que, diante da justiça divina e do quadro trágico de um povo que se orgulha de sua maldade, o que sobra é o

corar de vergonha”.

Ele nos apresenta aqui a importância de uma vergonha saudável e essencial na preservação da dignidade humana e espiritualidade cristã.

A vergonha aqui é a virtude que nos ajuda a reconhecer nossos erros, limitações, faltas e pecados porque ainda somos capazes de perceber que existe algo melhor, mais belo, mais sublime, mais nobre, mais justo, mais santo e mais humano pelo qual vale a pena lutar.

A vergonha nos impõe um limite.

É por isto que o caminho para o crescimento e amadurecimento passa pela capacidade de ficar corado de vergonha diante de tudo aquilo que compromete a justiça e a santidade.

No caminho da santidade lidamos com o amor, verdade, bondade, justiça, beleza, entrega, doação e cuidado. A falta de vergonha nos leva a negar este caminho e optar pela mentira, manipulação, engano, falsidade, hipocrisia e violência.

Corar de vergonha” é uma virtude que falta na experiência espiritual moderna, a virtude de olhar para o pecado que habita em nós, a mentira e o engano que residem nos porões da alma, a injustiça que se alimenta do egoísmo, a malícia que desperta os desejos mais mesquinhos, e se entristecer.

Precisamos reconhecer que foram os nossos pecados que levaram o Santo Filho de Deus a sofrer a vergonha da cruz. Quando olhamos para a cruz e contemplamos nela a beleza e a pureza do amor, só nos resta “corar de vergonha”.

Pr. Ricardo Barbosa – Revista Ultimato – Com adaptações.
Pr. Robson Wesley
Estudo publicado no Boletim IMGD Setembro/2008